terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Toda a verdade

Eu fiquei meses sem escrever não somente aqui, mas por todos os lados, eu me puni nesses últimos tempos, não sei porque achei que minhas palavras gritavam tanto o que sou, que por meses eu quis me esconder daquilo que mais me expõe. Não há como fugir, não há como se negar um amor, então decidi amar, amar e amar mesmo sem contar, porque vejo que o amor nem sempre é correspondido, mas isso não faz dele menos doce, pode fazer dele mais compreensivo. Eu quis não contar ou não registrar um período da minha vida, não por estar sem vida, mas porque a vida sem ele não tinha lá tantas cores como antes ou tanta fome como antes. Pois é, eu não quis me ler, eu não quis me acolher e pela primeira vez me deixei ser levada pelo rio que sangra, mergulhei nas minhas chagas e sim, eu sai outra e essa outra não é a mesma que chorou no sofá copiosamente durante meses, porque sim, eu choro, eu sofro e sou humanamente burra, mas leal a mim, então deixei jorrar o necessário, ou até mais do que isso, transbordei de tanta dor, gritei horrivelmente de boca fechada, deixei o peito se partir em mil pedaços e me fantasiei inúmeras vezes, só para não assustar os que me viam de frente. A fase escura acabou de passar e vejo uma fresta iluminada e o barulhinho de chave destrancando a porta me fizeram escrever, acho que estou viva novamente.

Noh Gomes

3 comentários:

  1. q bom q a luz voltou e a porta abriu...
    você é casada com as palavras e não pode fugir disso.
    Feliz 2013!!!
    bjs

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  2. Acho que so eu não via isso, vou honrar meu casamento rsrs.

    Feliz 2013 Amore

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