segunda-feira, 2 de abril de 2012

Carmim

As lágrimas que escorreram dentro foram carmim, pimenta pesada, dessas que não se prova por gosto. Chorei ao ver a paisagem que fugi, aquela onde nada se venta, nada se molha, a cena em que a saia rodada, pesada e caramelo não se mexe, onde o deserto da vida te chama e a direção se deturpa pelo simples fato de ser e estar. Tentei dizer, mas o peito calou-se por si e me desaguei por completa, senti dor onde a alma não quer sentir, o prazer de padecer subiu por minhas pernas e as perolas vermelhas gritaram a falta e o adeus do amor. Eu nunca tinha morrido até então, nunca tinha entendido os "ais" das canções onde a dor exalta sua carne ferida, doeu, a cena ficou, o adeus pulou das mãos, nem o gozo esperado surtiu efeito, a vida veio, levou, correu, eu parada, puro carmim, caramelo, olhos e cabelos escorridos, nada pode ser feito, o sol continua a queimar, o sorriso continua a espelhar, eu que mudei, eu que morri, eu que me levante então. Um brinde.

Noh

3 comentários:

  1. WOW... que intenso. Melhor dizendo: INTENSO! Tu é mulher de maiúsculas... hehehe! Bjão, minha linda!

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  2. Adoro seu olhar MAIÚSCULOOO uhahuauhauhauh

    Beijos amore.

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  3. Feliz Páscoa pra ti e para os teus, queridona!!!!! Bjo grande!

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